sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A casa do Califa - Tahir Shah






Tahir Shah, delirantemente desejoso de deixar para trás a Londres opressiva e chuvosa, busca as referências ensolaradas e aventurescas de sua infância – quando, com a família de origem afegã, visitava o Marrocos nas férias.

Investindo todo o dinheiro que ele e sua mulher de origem indiana, Rachana, haviam reunido, o autor inglês compra Dar Khalifa, uma mansão em ruínas no meio de uma favela e de frente para o mar de Casablanca – um lugar mágico e louco onde o banal e o insólito, o medieval e o moderno caminham lado a lado. O livro descreve, com o mais refinado humor, o ano em que a família se dedica a restaurar a Casa do Califa, mergulhando nos costumes locais e enfrentando todo tipo de situação.



Ed. Roça Nova

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Rachid Boudjedra

rachid boudjedra 

Rachid Boudjedra nasceu em 1941 em Aïn-Beïda, Argélia. Sua obra ocupa importante espaço na literatura produzida após a guerra de libertação de seu país (1954-1962). Escreveu sempre em francês, mas atualmente se dedica também à produção em árabe. Desde seu primeiro romance, La Répudiation (1969), Boudjedra volta seu olhar para as contradições da Argélia independente — nação em que ainda é notável o embate entre a modernidade e o respeito à tradição. Preocupação constante em seu trabalho são as condições do imigrante magrebino na Europa, especialmente na França, como ocorre no presente Topografia ideal para uma agressão caracterizada. Fortemente influenciado pelo nouveau roman francês, ganhou notoriedade por sua escrita sofisticada. Além de romancista, Rachid Boudjedra é professor, poeta, ensaísta, autor de teatro e cinema, tendo assinado o roteiro do notável Crônica dos anos de brasa (Palma de Ouro em Cannes, 1975), dirigido por Mohammed Lakhdar Amina. Ministrou aulas em diversas universidades do mundo árabe e europeu. Em 1987, uma fatwa islâmica com sentença de morte foi emitida contra o escritor, por considerarem que sua obra representa uma afronta aos fundamentos do Islã. Entre suas obras mais recentes, constam La Fascination(2000), Les Funérailles (2002) e L’Hôtel Saint Georges(2007).

Fonte: Site editora Estação Liberdade.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O chamado do poente - Gamal Ghitany

A Editora Estação Liberdade introduz no Brasil a obra do grande sábio das letras árabes, Gamal Ghitany, após ter publicado autores tão diversos desse universo, como Rachid Boudjedra e Rafik Schami. No romance de Ghitany, traduzido diretamente do árabe por Safa Jubran, um velho habitante do Cairo acorre um dia ao país do poente levando consigo uma extraordinária história de errância, de revelações e de imposições divinas; logo o sultão ordena que um de seus secretários registre em detalhes seu relato místico e emocionante.

Traduzido diretamente do árabe.

http://www.estacaoliberdade.com.br/o-chamado-do-poente/

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Atiq Rahimi


Atiq_Rahimi


Nasceu em Cabul em 1962. Estudou no colégio franco-afegão, época em que frequentou o centro cultural francês da capital afegã onde conheceu o cinema francês e encenou algumas peças dramáticas. Durante a guerra civil no início dos anos 80 deixou o seu país e em 1985 obteve estatuto de refugiado político na França, onde vive hoje. Formou-se em letras e estudos cinematográficos nas Universidades de Rouen e La Sorbonne Nouvelle. Apesar de também escrever em francês, sua língua literária é o dari, variação do persa falada no noroeste do Afeganistão. Ganhou com a presente obra o prêmio Fondation de France 2002. Paralelamente à carreira literária, Atiq Rahimi dirige e produz filmes documentários e de ficção. Terra e cinzas, seu primeiro romance, publicado por esta editora em 2002, foi adaptado para o cinema pelo próprio autor e teve pré-estréia mundial durante o Festival de Cannes 2004.

Livros publicados no Brasil:
MALDITO SEJA DOSTOIÉVSKI
SYNGUÉ SABOUR. PEDRA-DE-PACIÊNCIA
As mil casas do sonho e do terror. Ed. Estação liberdade
Terra e cinza. Ed. Estação liberdade.

Fonte: Site da Editora Estação Liberdade

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O segredo do calígrafo - Rafik Schami




SCHAMI, Rafik. O segredo do calígrafo. Ed. Estação Liberdade.

Nas ruelas estreitas da cidade velha de Damasco, um boato traça seu caminho: Nura, a bela esposa do famoso calígrafo Hamid Farsi, sumiu sem deixar qualquer pista. Por que deixou para trás uma vida que muitos lhe invejam? Ou ela teria sido vítima de sequestro dos inimigos de seu marido?

Desde sua mais tenra idade, Hamid Farsi era festejado como gênio da caligrafia. Em sua beleza toda em filigranas se manifesta da forma mais pura a poesia árabe. No entanto, com o passar dos anos, ele percebe também as fraquezas de sua língua, que restringem seu emprego no dia a dia. Integrando uma confraria secreta de sábios, Hamid Farsi desenvolve planos para uma reforma radical da língua sem imaginar os perigos que o aguardam. Joga-se com o empenho de sua vida em seu trabalho de modo a realizar o grande sonho de sua reforma. Nura não sabe nada dos planos de seu marido. Ela conhece apenas seu lado distante e egoísta, que a degradaram para ama de casa logo após a noite de núpcias. Não constituirá surpresa que as atenções que lhe devota um jovem e inteligente aprendiz do atelier de seu marido encontrarão ecos. Uma paixão intensa, complexa e repleta de nuances e contradições terá início – o amor entre uma muçulmana e um cristão.

O embate entre a continuidade e a renovação, o amor e a sensualidade mal contidos pelos véus de uma sociedade tradicional, o mistério e a violência latente, todos esses elementos o leitor poderá encontrar ao sabor de sua caminhada pelas sinuosas vielas de Damasco.


Fonte: Site editora Estação Liberdade
http://www.estacaoliberdade.com.br/o-segredo-do-caligrafo/

Contos Marroquinos Modernos

 CONTOS MARROQUINOS MODERNOS


Contos Marroquinos Modernos. Ed. Amádena

Trata-se de uma antologia de contos marroquinos, selecionados pela União dos Escritores Marroquinos e traduzidos, diretamente do Árabe, por professores do Setor de Estudos Árabes da Faculdade de Letras da UFRJ. A maioria dos textos aborda questões bem particulares do cotidiano marroquino e denuncia, de forma alegórica e surrealista, problemas crônicos da sociedade local.


 Fonte: Site da editura Almadena
http://wmultimidiarb.com.br/almadenaloja/contos/14-contos-marroquinos-modernos.html

terça-feira, 2 de abril de 2013

O início do cinema no Egito



Duas pessoas, Sallah Abu Seiff e Yussef Chabine, afirmaram-se num país que teve uma história bastante movimenta entre 1945 e 1958. O mais velho dos dois, Sallah Abu Seiff, estreou aos dezesseis anos, em 1932, e foi durante muito tempo montador, antes de dirigir em 1947 o primeiro filme, Daiman Fi Qalbi. Seu primeiro sucesso, Os Amores de Antar e de Walbla, com Kuka e Serag Munir, foi uma bela lenda árabe; mas seu temperamento o levava de preferência a assuntos modernos, como no seu excelente Lak yom va Salem (Teu dia Chegará) ou Osta Hassan (O Operário Hassan), que sofreu as imposições da censura de Faruk quando mostrava os meios populares. Em Al Wache (O Mostro), realizado depois da proclamação da República no Egito, a interpretação de Answar Wagoli foi um pouco exagerada, mas o diretor possuía a arte da boa narração e sabia descrever ambientes. Ele o demonstrou ainda melhor em A Sanguessuga, filme dominado por uma excelente composição de Tahia Carioca, e que foi ótima descrição da vida popular e artesanal de uma rua popular do Cairo.
Yussef Chabine aprendeu seu ofício em Hollywood. Foi influenciado pelo melhor cinema americano e o final do seu Seraa Fil Wadi (Céu de Inferno), por exemplo, foi comprometido por introduzir uma perseguição dramática inspirada por Hitchcock.
O rumo do novo cinema – e da política – no Egito, manifesta-se por várias tentativas de renovação dos assuntos, e isso já antes da revolução que destronou Faruk. Ibrahim Ezzeldine, em Zoubour el Illam (O Nascimento do Islam, 1951) mostrou com convicção a época de Maomé. Em Moustapha Kamel (1952), Ahmet Badrakan tomou por herói um dos fundadores do nacionalismo árabe. Hussein Sedki, em Yacott el Estelmar (Abaixo o Colonialismo) mostrou as lutas contra os ingleses. Esses filmes valeram por sua tentativa, mais do que por sua realização. Dahab, de Anwar Wagdi, Maawed Maal Haya (Encontro com a Vida) de Abbas Kamel, Anissa Hanafi, de Fatine Abdel Wahab, filmes de assuntos monos empenhados, foram por vezes mais bem realizados.
Por outro lado, é significativo que em Vida ou Morte (no qual um farmacêutico procura uma menina a quem vendera por engano um veneno, em vez de um medicamento), filme menor, realizado e interpretado pelos veteranos Kamal El Cheikh e Yussef Wahaby, a ação se passava nos bairros pobres do Cairo. Desde 1950, o cinema egípcio tendia a sair dos salões e dos cabarés onde muitas vezes se encerrava. Através de um contato com a realidade do país, filmes servidos por excelentes atores, cineastas e técnicos podiam rapidamente afirmar-se por um estilo original e novo. Com este histórico, o horizonte do cinema egípcio tenderá para as realizações árabes.
Histoire Du Cinéma Mondial, por Georges Sadoul.